Do site da Intersindical- Central da Classe Trabalhadora
Inaceitável! – Após mais de 12 horas de resistência por parte de trabalhadores e senadoras de oposição, o plenário do Senado sentenciou os trabalhadores brasileiros ao empobrecimento e perda de direitos nesta terça-feira (11/07), com a aprovação do projeto de lei (PLC 38) de “reforma” trabalhista. Foram 50 votos a favor, 26 contrários e uma abstenção.
O ilegítimo Michel Temer promete sancionar imediatamente. Logo ele que está prestes a se enterrar no lixo da história. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia afirma que não aceitará mudança alguma no texto.
Tanto Temer quanto Maia querem terceirização total, fim dos empregos com direitos, autônomos permanentes, intermitentes e sem direito de recorrer à Justiça do Trabalho.
Fazem isso no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar a denúncia contra Michel Temer por corrupção passiva e mais da metade do Congresso está sendo investigada, mergulhada num mar de denúncias e delações.
Resistência
Após mais de oito horas a sessão permaneceu suspensa mediante a iniciativa de algumas senadoras, como Gleisi Hoffman (PT/PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), Fátima Bezerra (PT-RN), Regina Sousa (PT-PI), Lidice da Mata (PSB/BA) que ocuparam as cadeiras da mesa-diretora da Casa, impedindo a abertura dos trabalhos.
Truculento, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), mandou apagar as luzes do plenário (foto), cortou o som dos microfones e mandou transferir a votação para o plenário Petrônio Portella, sem a presença da imprensa e de trabalhadores.
Edson Carneiro Índio, Secretário-Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora conta o que aconteceu: “Enquanto as senadoras ocupavam a mesa diretora, Eunício Oliveira mandou transferir a votação para o plenário Petrônio Portela. Diversos dirigentes sindicais permanecemos na porta do Petrônio Portela para garantir que a votação não ocorresse ali. A polícia legislativa usou arma de choque e muita violência. Nós ficamos lá por muitas horas sem água, sem comida e várias horas sem banheiro”.
Truculento e autoritário, o presidente do Senado voltou ao plenário, reabriu a sessão e de microfone em punho e sem estar sentado na cadeira de presidente encaminhou a votação da reforma trabalhista.
Do lado de fora do Congresso, manifestantes protestaram durante todo o dia e projetaram as frases “Fora, Temer” e “Fora, Maia” nas torres do Congresso Nacional.
“Não vamos aceitar essas medidas. Temer e esses 50 senadores vão se enterrar no lixo da história”, conclui Índio.
Confira aqui como votou cada senador traidor da classe trabalhadora.
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