Prefeito Jaime Cruz (PSDB) tenta enrolar negociação, mas sindicato garante cláusulas fundamentais
Este texto faz parte do Infoserv – Junho 2018.
Após quase três meses de campanha salarial, os trabalhadores do serviço público de Vinhedo fecharam a data-base 2018 com reposição inflacionária de 1,69% nos salários, auxílio-alimentação e vale-transporte. As cláusulas sociais do último acordo também foram mantidas. Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Vinhedo (SSPV), Donizete Ribeiro, o novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) é fruto da persistência da categoria em desmascarar o discurso de “austeridade” da prefeitura, que pretendia impor perdas salariais e de direitos aos servidores. “Eles dizem que não tem dinheiro, mas nós provamos que a arrecadação cresceu mais que os gastos”, denuncia.
Foram 36 dias entre a entrega da pauta de reivindicações, em 28 de fevereiro, e a primeira reunião com a prefeitura, em 5 de abril, que só foi marcada após manifestação dos trabalhadores na Câmara de Vereadores. Estava claro que a estratégia de enrolação e desrespeito do Jaime Cruz (PSDB) se repetiria neste ano. Por isso, a pressão dos servidores foi fundamental.
Ao longo dos meses de abril e maio, a campanha salarial foi esquentando, com participação em sessões da Câmara (inclusive na CPI das Constas Públicas), instalação de outdoors e muito diálogo com a população de Vinhedo. O prefeito Jaime Cruz, entretanto, mantinha a postura de travar os diálogos, tentando impor um acordo prejudicial aos trabalhadores. Na quarta rodada de negociação, em 17 de maio, a prefeitura propôs reposições escalonadas, o que significaria perdas salariais. Em assembleia, a proposta foi logo rejeitada pela categoria. Como protesto, mais uma manifestação foi realizada na Câmara de Vereadores no dia 22 de maio.
Finalmente, no dia 23 de maio, a prefeitura recua e oferece os reajustes integrais da inflação (1,69%) para os salários, auxílio-alimentação e vale-transporte. Também foi acertado que as cláusulas sociais do último ACT seriam mantidas. No dia seguinte, os trabalhadores, em comum acordo, aceitam o acordo.
A revogação do Decreto da Maldade (162/2017), por outro lado, não foi considerada pelo prefeito Jaime Cruz (PSDB). Esta luta agora fica concentrada na Câmara de Vereadores, pressionando para que os parlamentares apoiem a iniciativa, encabeçada pelo vereador Rodrigo Paixão (Rede), que tenta derrubar o Decreto.
O Acordo de Coletivo de Trabalho fica disponível no site do sindicato. Acesse www.servidoresvinhedo.org.br/institucional/acordo-coletivo. Quem trabalha pela cidade não aceita mais maldade!
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