Muda governo, mas não muda a política. No ano passado, o Sindicato e o Ministério Público do Trabalho (MPT) foram a grande pedra no sapato do prefeito Jaime Cruz, que queria ignorar a pandemia e manter todo mundo trabalhando presencialmente, até os grupos de risco de atividades não essenciais.
Agora, no governo Dario, a história se repete. O novo prefeito insiste em tentar manter vários setores não essenciais no trabalho presencial. E ainda quer o retorno das aulas no momento mais mortal da pandemia. Mas o Sindicato e o MPT continuam acompanhando tudo de perto, lutando pela saúde e pela vida dos servidores e da população.
Na tarde de ontem (24/03), a prefeitura enviou comunicado interno em que DISPENSA OS AUXILIARES DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO TRABALHO PRESENCIAL. A medida vem logo após a audiência com o MPT e o Sindicato, nesta terça-feira (23/03), na qual expusemos a falta de sentido do trabalho presencial enquanto as aulas não retornam. O MPT concordou com o Sindicato e, em seguida, a prefeitura recuou.
A audiência de terça-feira não foi a primeira. Quando o governo indicou a volta às aulas para o dia 5 de abril, o Sindicato acionou o MPT para discutir a situação. A primeira reunião ocorreu ainda no começo de março. Em cada encontro, nosso departamento jurídico sempre bateu na tecla da falta de condição para o retorno com o agravamento da pandemia.
Também questionamos sobre a falta de EPIs como face shield e máscara PFF2 (N95), fundamentais para qualquer atividade presencial. A prefeitura chegou a tentar convencer o MPT dizendo que já havia distribuído face shield para todos os funcionários. O Sindicato a desmascarou e fez o governo recuar novamente.
Ao mesmo tempo, insistimos que não faz sentido manter trabalho presencial regular nas unidades enquanto as aulas não voltam. A procuradoria percebeu a falta de organização e coerência da prefeitura e concordou com a tese do sindicato. O primeiro resultado foi visto ontem.
Agora, precisamos ir além. Em primeiro lugar, monitores, estagiários e secretárias também precisam ser dispensados do trabalho presencial. Em segundo lugar, o retorno às aulas em 5 de abril deve ser suspenso. O prefeito médico precisa se preocupar mais com a Saúde e menos com politicagem. Seguimos na luta pela saúde e a vida de todos e todas!
Deixe uma resposta