Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda (Paulo Freire, em “Pedagogia da Indignação”)
Hoje, dia 15 de outubro, é comemorado o dia do professor e da professora.
Ninguém nega a importância da educação para o país, mas nem todos fazem as contas do que precisa ser feito. Não há boa educação sem bons professores. E não há bons professores que estejam desmotivados.
O primeiro passo para discutir uma educação melhor é a valorização do professor. Isso passa por salário e planos de carreira (alô, prefeito Jaime, cadê o pagamento do biênio?!). Mas o cotidiano da sala da aula, as condições de trabalho e as possibilidades de formação também devem ser vistos de perto.
É o que diz a Unesco: “aperfeiçoar a formação profissional dos professores é uma medida de suma importância em qualquer esforço visando melhorar a qualidade da educação. A valorização e qualificação dos professores é considerada fundamental para a melhoria da qualidade da educação, assumida pelos Estados Membros da UNESCO, incluindo o Brasil”.
A prefeitura de Vinhedo deixa a desejar. Faltam cursos de formação e incentivos para um aperfeiçoamento continuado. Para ensinar bem, os professores também precisam estudar e aprender.
As práticas de assédio moral também passam pelas escolas, fazendo com que bons professores fiquem desmotivados e até doentes. É preciso lembrar também do Decreto da Maldade, uma lei que foi derrotada, mas deixou estragos na saúde de muitos servidores servidoras. Com iniciativas como esta, fica evidente que a valorização do servidor não está entre as prioridades do executivo municipal.
O cenário nacional é ainda mais desastroso. O governo golpista de Michel Temer faz de tudo para sucatear o serviço público. O principal ataque foi a PEC do Fim do Mundo (EC 95), que congela os gastos públicos em saúde, educação, segurança e assistência por 20 anos. Os cortes são do governo federal, mas os estados e municípios sentem as consequências diretamente, com menos repasses para a educação, por exemplo.
Ainda assim, professoras e professores, não podemos baixar as cabeças. Nossa luta é justa. Reivindicar valorização é reivindicar educação pública de qualidade para as presentes e próximas gerações.
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