Apesar da conjuntura nacional de retirada de direitos e da tradicional truculência da prefeitura com o funcionalismo público, o próximo período pode ser favorável para o avanço da luta dos servidores de Vinhedo. Alguns pontos podem ser destacados:
- Eleições nacionais: na metade de agosto, começa a campanha eleitoral. Com a impopularidade do governo Temer, as chances de serem eleitos candidatos comprometidos com os direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro aumentam. O horizonte é a revogação da “reforma antitrabalhista”, do congelamento dos gastos públicos e das entregas do pré-sal. É preciso estar atento e fazer acontecer: nenhum voto em que retirou direitos. Além disso, devido às relações dos políticos de Vinhedo com diversos candidatos, é improvável que sejam apresentados projetos impopulares, tanto pelo executivo quanto pelo legislativo.
- Governo municipal: a tendência apontada no último editorial foi confirmada. O governo tucano de Jaime Cruz segue ladeira abaixo. Na sessão da Câmara Municipal do dia 06 de agosto, os vereadores aprovaram a instalação de uma Comissão Processante, com base em irregularidades nas contas públicas de 2015, como gastos abusivos com shows, descumprimento da lei de licitações, não recolhimento de INSS e FGTS e descontrole da dívida municipal. A abertura da comissão foi aprovada por oito votos a quatro. Ou seja, depois de tanto desgaste do executivo, a maioria governista na Câmara não existe mais. Nesse sentido, é preciso destacar o peso da luta contra o Decreto da Maldade, que pressionou vereadores da base a se posicionarem a favor dos servidores. Fato é que o governo de Jaime Cruz está minguando. Qualquer investida para retirar direitos dos servidores e da população (como uma eventual tentativa de privatizar a Sanebavi) vai enfrentar muita resistência de toda a cidade.
- Sindicato: enquanto o governo municipal se desmancha, a organização sindical tem se reforçado. Desde o dia 23 de julho, o SSPV está com a diretoria renovada, com mais fôlego para a luta. Além disso, a vitória contra o Decreto da Maldade deu moral aos servidores e mostrou que a luta vale a pena, porque dá resultado. Os próximos passos são: intensificar a sindicalização, aumentar as visitas aos locais de trabalho, realizar mais atividades de formação. São todas ações para fortalecer o sindicato e aumentar a mobilização. Em termos de negociação com a prefeitura, nas próximas semanas, o foco deve estar no processo de mudança do regime celetista para estatutário, exigindo que seja realmente democrático e traga benefícios e segurança ao servidor. Entretanto, para alcançar os melhores resultados, não basta uma diretoria, é preciso que todos os servidores e servidoras participem da vida sindical. Com união, é possível avançar – e muito – no atual cenário.
Uma resposta
Ozana Bispo Santos de Lima
Peguei meus extratos analitico Caixa econômica federal, e consta, que nos anos de 2016 e 2017 . Ficaram 17 meses sem depositar os respectivos valores.
Esse ano eu me aposento,.
Aí eu pergunto: como fica minha situação nesse caso.
Além do mais, estou esperando a resposta sobre o quinquênio que não foi pago